A dor de tomar aquela decisão que você sabe que precisa tomar é diferente, é estranha, quase como um luto. Escolher entre ir e ficar, entrar ou sair de relacionamentos, faculdade, trabalho, decisões que moldam nossa vida, ou, ao menos, uma parte dela.
Acho que todos vamos passar por aquela pessoa ou por relações em que precisamos deixar ir embora e seguir em frente. Quando começa o momento que nos deixa mal e desconfortável, já é o sinal de partir, mas porque a maioria de nós, bom, eu faço isso, esperamos chegar no limite do limite?
Talvez relacionamentos sejam que nem roupas. Se uma roupa não cabe, procuramos outro número ou vemos se tem como fazer um ajuste, caso não tenha jeito, não tiramos nem colocamos algo em nós, não apenas por uma peça de roupa. E em relacionamentos deveria ser assim, não nos coube, vamos em busca de outra coisa. Também não devemos buscar algo que apenas “caiba”, como quando damos aquela murchada na barriga para caber calça, mas devemos nos “vestir” de fato, algo confortável, que nos faça sentir bem e confiante.
A primeira vez que tomei essa “melhor decisão” em um relacionamento foi bem confuso. Aquela situação não me fazia bem a um tempo, e ainda assim eu a mantinha. Quando decidi acabar com aquilo, no dia seguinte, era como se um grande peso tivesse saído das minhas costas, mas com o tempo começou o “luto”. Ver a pessoa e não poder interagir, não ter com quem conversar sobre e durante o dia a dia. Me questionava o tempo inteiro se realmente tomei a escolha certa pra mim, então comecei um trabalho diário, lembranças diárias do porquê eu fiz aquilo e todos os meus motivos, então as coisas voltavam a ter sentido.
Quando eu estava prestes a terminar, pensava constantemente: se vou chorar por essa pessoa, estando com ela ou não, talvez seja melhor deixar ir, e me abrir para novas opções. Pensar nisso agora faz tanto sentido como antes, e agora que não sofro realmente sei que foi a melhor decisão. É preciso sair daquela “zona de conforto” que só te espeta e ir para zona de conforto realmente satisfatória, e tudo isso é um processo, que muitas vezes não vai ser fácil
Saber qual é a melhor escolha e toma-lá não significa que não vá doer, talvez doa muito, talvez nem tanto, mas certas atitudes devem ser feitas pensando não só no agora, mas na sua vida a longo prazo. Talvez você se arrependa, e tá tudo bem, talvez você precise sofrer um pouquinho mais até ter certeza de que não é aquilo que você merece. Lembre que as pessoas te tratam não só como elas te enxergam, mas também como você mesmo se enxerga. Se você não se acha bom e aceita coisas ruins, as pessoas vão continuar te tratando de forma ruim também.
Se permita sair só daquilo que você conhece e não te faz bem, e se abra para novas opções, oportunidades e escolhas. O mundo está aí para conhecermos, não para nos prendermos em sofrimento.
Aqui vai uma musiquinha do tópico: Stranger - Olivia Rodrigo
https://music.youtube.com/watch?v=W-PGNyhmSKA&si=yCumszTBLCgNo8Mj
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